sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

A largada da geração 2018 no Brasil: considerações sobre Lomar e a PE Estreia em CJ


Um dos momentos mais aguardados pelos turfistas é a estreia de uma geração. Em outros tempos, costumava ser em janeiro, com as provas especiais Eleutério Prado (potrancas) e Rafael de Barros Filho (potros), no primeiro fim de semana no ano. Eram campos frondosos, que normalmente acabavam desdobrados. Com a redução ano a ano dos nascimentos no país, a tradição acabou ficando de lado e deu lugar à Prova Especial Estreia, em 800m, na grama.


Nesta sexta-feira (4/12), Lomar, um filho do sensacional Forestry, levou a melhor. Teve uma largada um tanto atribulada, pulando com quase um corpo de atraso. Rapidamente se recuperou e resistiu ao forte ataque nos metros finais de Atomic, um potro Que Fenômeno (como são precoces!), que deixou a nítida impressão que só saiu da raia derrotado por causa da péssima largada. Se não tivesse ficado tão longe, outro não teria sido o ganhador (perdeu por cabeça). Olho vivo nele na volta. O tempo para os 800m foi de 45''050, o que consideramos apenas regular, tendo em vista que a grama aparentava estar em ótimas condições. Vale destacar que Lomar, de criação e propriedade do Haras Cifra, é uma homenagem ao turfista de escol Omar Hamdar Najar.


Em terceiro, em bom esforço final, chegou Alabama Rush, mais um Que Fenômeno. Os dois descendentes de Pioneering na carreira, a fêmea Moon and Stars e o macho Fux, terminaram na quarta e quinta colocações, respectivamente. Bright Koller, uma bonita tordilha do argentino Koller, decepcionou completamente e terminou fora do placar. Mas quem fechou a raia foi a Insaciável, primeiro descendente do irlandês Goldikovic a competir. A neta da incrível Goldikova não animou nada. Fez cânter desanimador e em carreira mostrou dificuldade para acompanhar o lote. Confira o replay do páreo, que teve a Jamilla (Pirâmide Solar) retirada nos trabalhos de alinhamento por estar muito nervosa:





Balanço da geração 2018 em Cidade Jardim

Forestry - 1 produto, 1 atuação, 1 vitória

Que Fenômeno - 2 produtos, 2 atuações, 2 colocações

Pioneering - 2 produtos, 2 atuações, 2 colocações

Koller - 1 produto, 1 atuação

Goldikovic - 1 produto, 1 atuação

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A volta dos desferrados: o que diz a lei e o que pode vir por aí

        


        A decisão está em vigor desde 24 de outubro, mas, somente agora com a realização de seguidas reuniões na pista de grama leve, que pegou fogo de vez. Sim, estamos falando da polêmica da semana: os desferrados, que voltaram com tudo no Hipódromo da Gávea. Só para ter uma ideia, na segunda-feira (30/11), dos 68 cavalos e éguas apresentados, 30 correram sem as ferraduras. Ou seja, 44% dos animais.

É evidente que correr desferrado proporciona uma evidente vantagem técnica ao animal. Há diversos relatos de veterinários e treinadores que corroboram a tese. Mas você se lembra desde quando eles estavam sumidos dos programas oficiais? Vamos lá:

O primeiro a proibir animais desferrados foi o Jockey Club de São Paulo. Desde 27 de abril de 2012, tal prática é proibida. A resolução da comissão de corridas de 10 de abril daquele ano foi simples, sem citar nenhuma lei: "2ª) Proibir, a partir de 27 do corrente, a participação de animais desferrados nas corridas de Cidade Jardim." Como curiosidade, o último animal a vencer desferrado em Cidade Jardim foi Original de Ouro, um filho de Espora de Ouro na Kifortaleza, de criação do Haras Bandeirantes e propriedade de Marco Antonio Spacassassi. Pagou 25,60 por um no penúltimo páreo de 9 de abril de 2012.

No Rio, os animais continuaram a correr desferrados depois disso por quase três anos e meio. Em resolução publicada em 14 de julho de 2015, a CC do JCB vetou a prática. A medida passou a valer desde 1º de agosto daquele ano. Agora, com a troca de comando no Jockey Club Brasileiro, os desferrados passaram a ser permitidos, conforme estabelece o artigo 128 do atual Código Nacional de Corridas. Vejam o texto publicado no Diário Oficial da União em 21 de março de 2012, com as mudanças aprovadas na Instrução Normativa nº 1 de 7 de março de 2012:




Há, entanto, uma revisão do Código Nacional de Corridas em andamento. Em setembro do ano passado, notícia postada no site da ABCPCC sinaliza que a Câmara de Equideocultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou a atualização do CNC. Podem conferir aqui a matéria.

O texto aprovado na Câmara de Equideocultura diz, em sua atualização do artigo 128: "Os cavalos poderão correr desferrados ou com ferraduras dos tipos aprovados pela Comissão de Corridas; que não poderá proibir o desferramento sob nenhuma hipótese, regulamento, apêndice, resolução, instrução ou aplicação da regra ou costume estrangeiro." Ou seja, tal prática teria que ser permitida novamente no Jockey Club de São Paulo e no Jockey Club do Paraná, que está prestes a inaugurar a sua pista de grama. 

É bom ressaltar que esse texto (a revisão do CNC que torna proibido uma comissão de corridas proibir os desferrados) ainda não está em vigor. Só quando ocorrer a publicação no Diário Oficial da União passará a valer. Dois meses após a aprovação na Câmara de Equideocultura, a própria ABCCPC noticiou que se reuniu com o Ministério da Agricultura para discutir a atualização. Podem conferir aqui.

E aí, o texto da revisão do CNC vai mudar? Como vão ficar os desferrados? Vão voltar de vez ao turfe brasileiro ou será apenas uma (breve) temporada na Gávea? São questões que merecem reflexão.

domingo, 2 de agosto de 2020

Corridas da Gávea vendem mais de R$ 647 mil nos EUA, mas o valor não entra no MGA brasileiro; entenda

                                                                                                    Pedra da Gávea disponível para apostas no 1/STBet, do grupo Xpressbet: valor entra no MGA 



O Jockey Club Brasileiro teve, neste domingo (2/8), mais um capítulo do processo de internacionalização das carreiras disputadas no Hipódromo da Gávea. Pela primeira vez, a pedra de apostas do JCB recebeu pules realizadas em sites dos Estados Unidos especializados em corridas de cavalo, mas a maior parte do jogo efetuado no exterior ficou fora do movimento geral de apostas da Gávea. O motivo: a própria concorrência da Gávea, em uma pedra paralela nos Estados Unidos.

Neste domingo, as apostas do exterior que entraram na pedra da Gávea foram captadas no site 1/STBet, do grupo Xpressbet (uma subsidiária do Stronach Group, que administra os hipódromos de Gulfstream, Laurel, Santa Anita, entre outros). Os turfistas dos EUA puderam apostar em vencedor, placê, dupla, exata, trifeta e quadrifeta. Não é possível saber de antemão quanto os norte-americanos jogaram diretamente no hipódromo da Gávea. Mas, com certeza, não deve ter sido tão relevante assim, já que o movimento geral de apostas ficou em R$ 768.694,48, abaixo dos R$ 835.756,67 registrados no domingo passado (26/7) — há que se registrar que houve a transferência de pista em quatro páreos hoje.



Pedra do simulcasting oferecido por Laurel para todo os Estados Unidos, também extraída do 1STBet

Ocorre, no entanto, que os norte-americanos jogaram 124.802 dólares nas corridas da Gávea. Só que em uma outra pedra. Paralelamente à pedra oficial do Rio, o hipódromo de Laurel, do grupo Xpressbet, ofereceu as nove corridas deste domingo em simulcasting para todo os Estados Unidos. As modalidades de apostas eram praticamente as mesmas ofertadas na pedra da Gávea, com a inclusão da daily double. Pelo câmbio de sexta-feira (R$ 5,22), os 124.082 dólares representam R$ 647.708,04, dinheiro esse que não entrou no nosso MGA.

Para a semana que vem, está prevista a entrada de mais três sites de apostas (Pari Bet, GWG Las Vegas e Elite Turf Club NV) na pedra da Gávea. Quem sabe isso faça alavancar o movimento geral de apostas do JCB. 

MINHA OPINIÃO: Para dar certo, o JCB precisa conversar com Laurel Park para não realizar um simulcasting concorrente com a pedra brasileira. Seria importante também que as corridas da Gávea (a nossa pedra) fossem oferecidas no site de apostas da New York Racing Association (NYRA), o Nyra Bets, um dos maiores dos Estados Unidos, que concentra a totalização dos hipódromos de Saratoga, Aqueduct e Belmont Park. O simulcasting de Laurel (com as corridas da Gávea), por exemplo, estava disponível no sistema de apostas da NYRA, mas a pedra brasileira, não.  Nesta segunda e terça-feira, acredito que o valor apostado será mais significativo porque os principais hipódromos dos EUA não realizam corridas. E com a entrada dos outros três sites no próximo fim de semana, o valor deve ser ainda maior. Vamos aguardar.



Reprodução do site 1STBet com as duas reuniões da Gávea oferecidas para apostas. Uma pedra local (Laurel) e a outra é a brasileira (Gávea) 

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Belmont Stakes vai abrir a tríplice coroa dos EUA daqui um mês, com muitas novidades. Confira!

O Belmont Stakes terá campo limitado a 16 animais
crédito: NYRA.com

Pronto. A New York Racing Association (Nyra) bateu o martelo: o Belmont Stakes, tradicional prova que fecha a tríplice coroa dos Estados Unidos, será disputado antes do Kentucky Derby e do Preakness Stakes em 2020. E será daqui a exato um mês: 20 de junho. E as novidades não param por aí para a 152ª versão da prova. Será corrida em 1.800m (em vez dos 2.400m) e teve a bolsa reduzida em 33%, de US$ 1,5 milhão para US$ 1 milhão.

A expectativa é que a prova tenha campo cheio. No entanto, serão apenas 16 animais alinhados no partidor de Belmont Park. Entre os principais nomes que devem disputar a carreira, estão Tiz The Law, que ganhou o Florida Derby; Nadal e Charlatan, recentes vencedores das duas divisões do Arkansas Derby. Sole Volante, Basin, Farmington Road e Gouverneur Morris também aparecem como prováveis concorrentes.

Entre os treinadores na ativa nos Estados Unidos, D.Wayne Lukas é o que mais venceu o Belmont Stakes. Passou na frente em quatro oportunidades: 1994, 1995, 1996 e 2000. Todd Pletcher, vencedor em 2007, 2013 e 2017; e Bob Baffert, que levou em 2001, 2015 e 2018, aparecem na sequência com três vitórias cada. Depois, Nick Zito, com duas, em 2004 e 2008.

Mike Smith lidera entre os jóqueis na ativa. Venceu três vezes: 2010, 2013 e 2018. Com duas vitórias aparecem Edgar Prado, 2002 e 2004; John Velazquez, 2007 e 2012; e Joel Rosario, 2014 e 2019. Eles estão bem distantes de Jim McLaughlin, nos anos 1880, e Eddie Arcaro, entre os anos 1940 e 1950, que venceram a prova em seis oportunidades.

A disputa da tríplice coroa nos Estados Unidos continuará no segundo semestre de 2020. Por conta da pandemia de coronavírus, o Kentucky Derby foi transferido para 5 de setembro; e o Preakness Stakes será disputado em 3 de outubro. Dessa forma, haverá um intervalo de 15 semanas entre a primeira e a segunda prova da tríplice coroa.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Turfistas dos EUA apostam R$ 3,3 milhões nas corridas da Gávea desta semana. Já pensou esse dinheiro todo na pedra local do JCB?

Propaganda com as medidas anunciadas
pelo JCB: previsão era março de 2020

Os 18 páreos disputados no Hipódromo da Gávea nesta semana (17 e 18 de maio) tiveram um expressivo movimento de apostas nos Estados Unidos. Inseridas no simulcasting do Hipódromo de Pimlico (Baltmore, Maryland), as reuniões de domingo e segunda venderam US$ 593.438. Pelo câmbio desta segunda-feira (R$ 5,72), são R$ 3.394.465. Em média, cada páreo vendeu US$ 32.969 (R$ 188.581). As modalidades de apostas disponíveis das corridas da Gávea nos EUA são vencedor, placê, show, exata, double, trifeta e quadrifeta.

O movimento na segunda-feira ficou em US$ 305.366. Exatos 6% a mais dos que o apostado no domingo pelos norte-americanos: US$ 288.072. Nos dois dias, as carreiras de encerramento da jornada registraram o melhor movimento de apostas (US$ 55.746 na segunda e US$ 48.628 no domingo). As modalidades mais apostadas lá nos EUA são, na ordem: exata, vencedor e trifeta. 

Em novembro do ano passado, logo após a saída da PMU, a diretoria do Jockey Club Brasileiro anunciou uma série de medidas. Foi naquele comunicado sobre a criação da falecida Seguidinha. Uma das promessas era a seguinte:


GÁVEA X EUA

Após pesquisa, o Jockey Club Brasileiro optou por manter o Sistema de Totalização de Apostas com o qual trabalha há mais de 20 anos.

Com melhorias, sendo a principal delas o ITSP HOST, ou seja, protocolo internacional que permitirá às corridas do hipódromo da Gávea receber em sua pedra local as apostas geradas nos EUA.

As apostas feitas nos EUA que serão recebidas pelo JCB são: vencedor, placê, exata, trifeta e quadrifeta.

A previsão é de que a medida fosse implantada a partir de março de 2020. Estamos na segunda quinzena de maio e nada até agora. Nenhum comunicado. Nunca mais se falou no assunto. Será que virou fumaça?

Imaginem esse dinheirão todo incrementando o movimento geral de apostas (MGA) do JCB? Teríamos rateios melhores, menores variações nas pules. O que será que falta para virar realidade? Com a palavra, a diretoria do JCB.

domingo, 22 de março de 2020

Dubai World Cup é cancelada; saiba como está a situação dos hipódromos norte-americanos por causa da Covid-19



A pandemia de Covid-19 assusta e deixa muita gente preocupada. Pelo mundo, atividades esportivas foram paralisadas. Cinemas, teatros e shoppings estão fechados. E no turfe, não poderia ser diferente. Muitos hipódromos decidiram interromper as atividades. Outros, no entanto, seguem dando corrida sem público e com apostas por aplicativos ou agências de apostas. Mas a principal notícia deste domingo (22/3) é o cancelamento da Dubai World Cup.

Marcado para o próximo sábado (28/3), o festival da Dubai Wolrd Cup reuniria a nata do turfe mundial. Na manhã deste domingo, um comunicado assinado pelo CEO do Meydan Group, Saeed H. Al Tayer, confirmou o cancelamento do meeting de forma definitiva por conta das medidas sanitárias que estão sendo implementadas pelo governo dos Emirados Árabes Unidos para conter o avanço do novo coronavírus. Por falta de datas (a temporada de corridas só volta no fim do segundo semestre), não haverá a Dubai World Cup em 2020. Fica para 2021. Uma pena.

Nos Estados Unidos, hipódromos de ponta tentam manter as atividades. Confira a situação de alguns deles:

GULFSTREAM PARK

As corridas foram realizadas normalmente neste sábado (21/3), após terem sido suspensas na sexta-feira para adoção de um novo protocolo sanitário para conter a Covid-19. Hoje, estão programadas nove provas, a partir das 14h (horário de Brasília). O festival do Florida Derby, marcado para o próximo sábado, está confirmado, mas a bolsa da prova principal baixou de US$ 1 milhão para US$ 750 mil por conta do fechamento do cassino e a ausência de apostas do hipódromo (as corridas são realizadas sem público). Outros stakes também tiveram uma redução nos prêmios. Ainda na Flórida, as corridas continuam em Tampa Bay Downs, mas o festival de provas clássicas marcado para o domingo que vem está suspenso.

SANTA ANITA E GOLDEN GATE

Os dois hipódromos da Califórnia, um dos estados norte-americanos mais afetados por casos do novo coronavírus, seguem dando carreiras normalmente, com portões fechados. Os dirigentes do Stronach Group, responsáveis pelas duas pistas de corrida e também por Gulfstream Park, negociaram a manutenção das corridas com os governantes estaduais. Argumentaram sobre a necessidade a importância de se manter os cavalos em atividade em nome do bem-estar animal. Receberam o aval. Todo o lucro com a carreiras em Santa Anita será doado para instituições de caridade voltadas para o tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus.

NEW YORK

Aqueduct suspendeu as corridas a partir da sexta-feira passada (20/3) depois que um caso foi confirmado entre os trabalhadores de Belmont Park. A temporada de Aqueduct termina dentro de três semanas. Ainda não há uma definição sobre como fica o meeting de Belmont (começaria na segunda quizena de abril) e de Saratoga (julho/agosto/início de setembro).

LAUREL PARK

Corridas suspensas por determinação do governo de Maryland.

KENTUCKY

Meeting de abril de Keeneland, conhecido como o da primavera, cancelado. Era uma dos mais importantes dos Estados Unidos, que tradicionalmente marca a estreia dos produtos de 2 anos, muitos adquiridos a peso de ouro. O Kentucky Derby, disputado em Churchill Dows, foi transferido de 2 de maio para 5 de setembro.

Por fim, resta aguardar o desdobramento da pandemia. E torcer para que as corridas continuem em Cidade Jardim, e que sejam retomadas o mais breve possível na Gávea, no Cristal e no Tarumã. Os dirigentes turfísticos precisam atuar em sintonia com as autoridades governamentais para garantir o bem-estar de toda a cadeia do turfe nacional.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Coronavírus: hipódromos norte-americanos proíbem acesso do público às arquibancadas


A pandemia de coronavírus chegou ao turfe norte-americano. Não se trata ainda de nenhum caso confirmado, mas sim sobre a situação das corridas. Nesta quinta-feira (12/3), os hipódromos norte-americanos de Santa Anita Park, Golden Gate Fields, Aqueduct e Keeneland anunciaram que as carreiras serão realizadas sem público. A ideia é que apenas a equipe mínima de funcionários possa entrar no hipódromo.

Em Keeneland, o meeting de primavera começa em 2 de abril. Em Santa Anita, Golden Gate e Aqueduct, a temporada já está em andamento. Vale lembrar que os Estados Unidos impuseram uma série de restrições para impedir o avanço da Covid-19, entre elas a proibição de voos da Europa por 30 dias, a partir desta sexta-feira (13/3).

O festival da Dubai World Cup, que será disputado em 28 de março, também foi afetado. Os organizadores anunciaram que o público pagante não poderá acompanhar as disputas milionárias. Apenas proprietários e convidados terão acesso ao Hipódromo de Meydan.

Atualização às 18h43 de 12 de março: outros hipódromos anunciaram o fechamento ao público, entre eles, Gulfstream Park, Turfway Park e Laurel Park.

Crédito da foto: https://www.keeneland.com/media/racing-media-guide

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Mais uma vitória brasileira na França: animal do Phillipson vence a segunda no ano!


O castanho Jeitoso Bayer, 8 anos, venceu mais uma prova na França. Em prova disputada às 15h52 (11h52 no horário de Brasília) desta sexta-feira (21/2), no Hipódromo de Chantilly, o filho de Peintre Celebre e Kyanite (Punk) derrotou outros 14 animais em um handicap em 2.100m, na pista sintética, com bolsa de 20 mil euros — a prova tem o nome de Route Neuve des Sablons Handicap. Pilotado por Hugo Jorniac, que deslocou 53,5kg, o animal de criação do Haras Phillipson venceu na marca de 2'10''56. Era o oitavo e último páreo do programa.

Foi a terceira atuação de Jeitoso Bayer em 2020 na França. Anteriormente, havia vencido um handicap, em 4 de janeiro, em Deauville, e vinha de um sétimo lugar em outro handicap, em 2.100m, disputado em 30 de janeiro em Chantilly. Jeitoso Bayer corre na França no nome de Benjamin Steinbruch, o dono do Haras Phillipson no Brasil. Conquistou a quarta vitória em 20 atuações em hipódromos franceses. Era um azarão. Rateou 17,8 por um na pedra francesa. O placê (como é chamado lá, mas é um show, que premia os três primeiros colocados) pagou 4,6. Quem apostou nele no sistema de apostas do JCB recebeu 14,7 e 4,3 por um, respectivamente, tendo em vista o abate que é feito em cima dos rateios originais para cobrir taxas e impostos aqui no Brasil.

Jeitoso Bayer correu 12 vezes no Brasil entre 2015 e 2016, nos hipódromos da Gávea e Cidade Jardim. Venceu dois páreos comuns em São Paulo, em 1.500m e 1.600m, na pista de grama. Na esfera clássica, obteve um segundo no Clássico Siphon (L) de 2015 (1.600m na grama) e quarto em duas provas da tríplice coroa carioca de 2016 (GP Francisco Eduardo de Paula Machado, G1, em 2.000m; e GP Cruzeiro do Sul, G1, em 2.400m).

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

OPINIÃO: Um turfe que não oferece carreiras não se desenvolve


O Cristal abre e fecha nesta quinta-feira (20/2) a semana turfística em hipódromos nacionais — pelo menos entre os clubes que realizam corridas em um sistema interligado de apostas em todo o país. Serão oito páreos, com início às 14h45, com destaque para duas provas clássicas regionais destinadas a potros e potrancas de 2 anos. Parece inacreditável, mas a diretoria do Jockey Club do Rio Grande do Sul merece os parabéns por promover carreiras, o que nada mais é do que a obrigação.  Afinal, vem aí uma pausa forçada nas carreiras nos principais clubes de corridas do país. Durante o carnaval, nenhum páreo será realizado nos principais hipódromos do país.

Os clubes hípicos de São Paulo e do Paraná têm boas desculpas. Na capital paulista, um grande evento será realizado nas dependências de Cidade Jardim. E a gestão tem se esforçado em oferecer duas programações quando precisa ficar uma semana sem dar corridas. Foi o caso dos fins de semana de 1º/2 e 15/16 de fevereiro. Em Curitiba, o Tarumã não tem realizado corridas aos sábados e domingos. E marcou para a quinta-feira da semana que vem (27/2), a sua reunião quinzenal.

E na Gávea? Qual a explicação para não ter carreiras? Em um intervalo de dois meses, é a segunda vez que o hipódromo mais forte do Brasil fica sem promover corridas por mais de 10 dias (o JCB não realizou programação na semana anterior ao réveillon). Não é preciso pensar muito para perceber que alguma coisa está errada. Afinal, como um turfe que não realiza carreiras consegue se desenvolver? Qual o estímulo existe para a criação, para proprietários e para os profissionais?

Desculpas, existem mil. Em grupos de WhatsApp, há gente que diz que o trânsito fica infernal no Rio de Janeiro no período de folia. Mas não foi sempre assim? Como as corridas foram realizadas nos anos anteriores? Um bom administrador é aquele que consegue se antecipar aos problemas e resolvê-los. Deixar de dar corridas é a decisão mais cômoda, a mais simples possível.

O turfe no Brasil vive um momento crucial. Cada vez menos animais, cada vez menos turfistas, cada vez menos páreos. O Movimento Geral de Apostas na Gávea despencou. E deixar de dar corridas só faz piorar o cenário. Profissionais de turfe e proprietários reclamam das baixas premiações. Se o valor é pouco, imagina não receber nenhum. A mola deixa de girar e mais gente se afasta da atividade e vai tentar a vida em outro lugar.  A verdade é que não oferecer corridas é a forma mais fácil de se manter o caixa do clube em dia. Com apostas em baixa, as reuniões são deficitárias. Mas, e como fica a atividade?

Como estão os planos para a melhoria da atividade? Vai ficar nesta pasmaceira? Em 23 de outubro, o JCB anunciou mudanças nas apostas e medidas que gerariam mais comodidade ao apostador. Um deles foi a extinta seguidinha — sem esquecer que a bonificação da Supertri baixou para 80% e nunca mais se falou nisto.

Para março de 2020, existiam duas promessas. Uma era a Pedra Única Nacional. Em que pé está? Vai sair ou não? A outra era a utilização do ITSP HOST, protocolo internacional que permite às corridas do hipódromo da Gávea receber em em sua pedra local as apostas geradas nos EUA. Ou seja, o dinheiro jogado no exterior em vencedor, placê, exata, trifeta e quadrifeta entraria na totalização nacional. A pergunta é a mesma: em que pé está? Vai sair ou não? O silêncio não é um bom sinal.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Jóquei sediado na Califórnia terá que pagar US$ 100 mil de fiança. Saiba mais sobre as acusações


Quem acompanha e joga nas corridas americanas já ouviu falar nele. Sediado atualmente na California, o jóquei Norberto Arroyo Jr., de 44 anos, enfrenta graves problemas com a Justiça dos Estados Unidos. Conforme reportagem do Daily Racing Form, assinada por Jay Privman, o piloto teve um mandado contra ele decretado pelo Tribunal Superior do Condado de San Diego, depois de não comparecer, em janeiro, para responder por uma acusação referente a três acusações criminais e um delito relacionado a prisões por violência doméstica no fim do ano passado.

Arroyo teve a fiança inicialmente fixada em US$ 50 mil, mas acabou aumentada para US$ 100 mil, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo DRF. As acusações contra o jóquei foram apresentadas por uma mulher e uma criança, que não tiveram a identidade revelada. Por decisão judicial, o Arroyo tem que manter uma distância mínima de 100m dos denunciantes.

Segundo a reportagem do DRF, as acusações criminais envolvem os seguintes fatos ocorridos entre 1º de setembro e 14 de dezembro do ano passado: "lesão corporal ao cônjuge e / ou companheiro de quarto"; "aprisionamento falso por violência, ameaça, fraude, engano "; " tentativa de dissuadir uma testemunha de denunciar um crime "; e " crueldade com uma criança por infligir ferimentos ", que é listado como uma contravenção porque era "diferente daqueles que provavelmente produzem dano corporal e morte". Se for condenado, pode pegar de 2 a 16 anos de prisão.

Sem montar desde 24 de outubro, quando terminou no quarto lugar de um páreo de claiming de US$ 40 mil, em Santa Anita Park, Arroyo é porto-riquenho, com 1.354 vitórias na carreira. Era figurinha constante nos programas de Golden Gate, Del Mar, Los Alamitos e Santa Anita. Em 2000, terminou em segundo lugar no Eclipse Award de melhor aprendiz. Ficou atrás apenas de Tyler Baze.

Anteriormente, segundo o DRF, Arroyo chegou a ficar 14 meses na prisão por porte de cocaína durante a temporada de Saratoga de 2009. Respondeu também por outros casos de briga e lesões corporais. Atualmente, o jóquei está com a licença de montar na Califórnia cassada.

Foto: Reprodução/Twitter/Santa Anita Park

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Santa Anita presta homenagem a Kobe Bryant!


Em memória a Kobe Bryant, astro da NBA que morreu em acidente de helicóptero no último domingo (26/1), o Hipódromo de Santa Anita Park prestou uma homenagem ao atleta. A estátua de Seabiscuit, um dos cavalos mais famosos do turfe norte-americano, recebeu uma manta com o nome do jogador e dos Los Angeles Lakers, clube pelo qual atuou entre 1996 e 2016. Fez 33.643 pontos em 1.346 partidas. Parabéns aos responsáveis pela iniciativa.

Crédito da foto: https://twitter.com/TheMichelleYu/status/1222991960526376960

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Dois brasileiros estão nominados para o festival da Dubai World Cup...Jolie Olímpica está na lista!



O mundo está de olho em Dubai. E dois animais nascidos no Brasil aparecem entre os 902 cavalos e éguas anotados para disputar as provas da 25ª edição do festival da Dubai World Cup, que distribuirá US$ 35 milhões em prêmios, nas provas marcadas para 28 de março, em Meydan. Ao todo, 1.774 nominações foram recebidas para as sete provas do card — quatro grupos 1, dois grupos 2 e um grupo 1 para árabes.

Os dois brasileiros estão nominados para a Al Quoz Sprint, prova de grupo 1, com bolsa de US$ 2 milhões de dólares, em 1.200m, na grama. São eles: Ghoul e Jolie Olímpica. Os dois estão em treinamento na Califórnia, nas cocheiras de Peter Miller e Richard Mandella, respectivamente. Ghoul está inscrito no 7º páreo de Santa Anita do próximo domingo (26/1): o Clocker's Corner Stakes, em 1.100m, na grama.

Confira um resumo da campanha dos brasileiros inscritos

Ghoul

Put it Back x Perfect Friday (Pure Prize)
Criado pelo Haras Santa Maria de Araras, o alazão de 5 anos cumpre campanha atualmente na Califórnia, nas cocheiras de Peter Miller. Vem de firme vitória em um allowance, em Santa Anita, em 29 de dezembro, em 1.100m, na grama. No Brasil, foi um velocista de exceção. Em oito atuações, venceu cinco provas no Hipódromo da Gávea, com destaque para o GP Cordeiro da Graça (G2) de 2018, em 1.000m, na grama. Pertence à Gary Barber & Wachtel Stable.

Jolie Olímpica

Drosselmeyer x Jolie Celina (Trempolino)
Criada pelo STUD TNT, a égua de 4 anos é um fenômeno. Invicta em três atuações no Brasil, entre as quais o GP Jockey Club Brasileiro (G1), a filha de Drosselmeyer estreou em 11 de janeiro nos Estados Unidos. Venceu de forma brilhante o Las Cienegas Stakes (gr.III), em 1.100m na pista de grama, com dotação de US$ 100 mil, em Santa Anita. Ela simplesmente quebrou o recorde da distância: 1'01''. É treinada por Richard Mandella. Pertence à Fox Hill Farms.

Quem quiser conferir a lista completa das nominações para o festival da Dubai World Cup pode clicar aqui.

foto: reprodução/YouTube/Santa Anita Park

Bricks and Mortar é eleito cavalo do ano nos Estados Unidos; confira os ganhadores do Eclipse Awards



A 49ª edição do Eclipse Award, que premia os melhores animais e profissionais dos Estados Unidos, consagrou Bricks and Mortar, um filho de Giants Causeway, como cavalo do ano. A cerimônia de divulgação dos ganhadores foi realizada na noite desta quinta-feira (23/1), em Gulfstream Park, em Miami, na Florida.




Bricks and Mortar teve um 2019 incrível. Correu seis vezes e venceu todas, sendo cinco provas de Grupo 1 e uma de grupo 2, com destaque para a Breeders Cup Turf, a Pegasus Turf, Arlington Million e a Turf Classic. Todas as corridas foram em estados diferentes. É um gramático de primeira, treinado por Chad Brown, com Irad Ortiz Jr. como jóquei.Ele vai cobrir durante a temporada 2020 na Shadai Farm, no Japão. A cobertura está avaliada em 6 milhões de ienes (R$ 228,5 mil pelo câmbio desta quinta-feira). Bricks and Mortar recebeu 204 votos, contra 19 de Mitole, 14 de Maximum Security e um (cada) para Omaha Beach, Midnight Bisou e Vino Rosso, com uma abstenção.


Confira os demais vencedores do Eclipse Award: 


Melhor potro de 2 anos: Storm the Court (Court Vision)
Melhor potranca de 2 anos: British Idiom (Flashback)
Melhor potro de 3 anos: Maximum Security (New Year's Day)
Melhor potranca de 3 anos: Covfefe (Into Mischief)
Melhor égua no dirt: Midnight Bisou (Midnight Lute)
Melhor cavalo no dirt: Vino Rosso (Curlin)
Melhor cavalo de grama: Bricks and Mortar (Giants Causeway)
Melhor égua de grama: Uni (More Than Ready)
Melhor cavalo velocista: Mitole (Eskendereya)
Melhor égua velocista: Covfefe (Into Mischief)
Melhor cavalo de steeplechase: Winston C (Rip Van Winkle)
Melhor aprendiz: Kazushi Kimura
Melhor jóquei: Irad Ortiz Jr. (segundo ano seguido)
Melhor treinador: Chad Brown (quarto ano seguido)
Melhor proprietário: Klaravich Stables & William H.Lawrence
Melhor criador: George Strawbridge Jr. (Bricks and Mortar)

Confira abaixo quantos votos cada animal teve em cada categoria:




segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

E o Bal a Bali? Saiba como está o desempenho do campeão na reprodução nos EUA


Bal a Bali, um dos grandes cavalos que surgiu nos últimos tempos na criação nacional, entra no seu terceiro como reprodutor nos Estados Unidos. Filho de Put it Back na In My Side (Clackson), o castanho conquistou 15 vitórias em 26 atuações entre a Gávea e os Estados Unidos. Tríplice coroado no Brasil, venceu duas provas de Grupo 1 em Santa Anita: Frank E.Kilroe Mile e o Shoemaker Mile. Faturou US$ 1.258.268 em prêmios. Vamos a alguns números sobre ele na criação norte-americana:

☑ A cobertura está atualmente avaliada em US$ 15 mil. O animal de 10 anos está alojado na Calumet Farm, em Lexington, no Kentucky;


☑ Nas duas primeiras temporadas de monta, cobriu 199 éguas. Em 2018, foram 125. E outras 74 no ano passado;

☑ Os primeiros filhos nasceram em 2019 e devem ir à leilão na atual temporada. Até agora, teve um único desmamado vendido entre os três oferecidos. O potrinho, nascido em Nova York em 25 de fevereiro de 2019, saiu por US$ 12 mil e foi comprado por Bandit Stables. A mãe é uma filha de Exchange Rate que não correu. Olha o pedigree dele abaixo:



☑ Nos leilões do ano passado, 17 reprodutoras cobertas pelo Bal a Bali foram colocadas à venda. Duas não foram vendidas. As 15 restantes saíram por US$ 3.420, em média. A mais cara foi Misty Michelle, uma filha de K One King (Apalachee), comercializada por US$ 19 mil;

☑ Em 2018, 32 reprodutoras cheias do campeão foram oferecidas em leilão, sendo que 26 acabaram vendidas. A média ficou maior do que a registrada em 2019: US$ 8.292. A mais cara foi Gray Queen (More Than Ready), comercializada por US$ 65 mil.

Será que um dia o Bal a Bali vai cobrir no Brasil? Fico na torcida para que sim!

domingo, 19 de janeiro de 2020

Drive clássico: um campo enxuto, mas muito seleto no tradicional GP Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro


É feriado no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (20/1). Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. As corridas no Hipódromo da Gávea começam a partir das 17h45, com destaque para o tradicional GP Prefeitura do Rio de Janeiro, uma prova de Grupo 3, em 1.900m, com bolsa de R$ 67.320. São apenas cinco animais, mas o campo é o mais seleto possível.

Dark Bobby (Shangai Bobby) vem de vitória no GP Salgado Filho (G3), no fim de novembro, e deve ser o provável favorito, sendo o responsável pelo train da prova. Se tiver vida mole na frente, será duro ultrapassá-lo na reta de chegada. Acredito que os 300m a mais não devem ser empecilho para o castanho de 4 anos. O potro Magatour (Redattore) promete ser um duro rival mais uma vez. Eles tiveram um bonito mano a mano na reta de chegada, na última atuação de ambos. Vale a pena rever o páreo:




Joe Gold (Christine's Outlaw) e Gogo Boy (Kodiak Kowboy) vão sem lasix desta feita e, por isso, considero os dois em um patamar um pouco abaixo de Dark Bobby e Magatour. Mas não será surpresa nenhuma se um dos dois passar na frente. Sobre o Joe Gold, chama a atenção a presença de A.Mota no lugar do B.Queiroz no cavalo do Stud Dharma. B.Queiroz teve direção pouco inspirada no cavalo na última atuação. Correu barbada demais e quase perdeu o páreo. Relembre a carreira abaixo e me diga: terá sido barrado? 



Drive clássico - uma análise sobre a PE Wild Event, que será disputada neste domingo na Gávea



Apenas uma prova da programação clássica será realizada neste domingo (19/1) no Hipódromo da Gávea. Trata-se da Prova Especial Wild Event, para produtos de 3 e mais anos, em 1.400m, na grama. A pista encontra-se bem pesada, o que deve influir no rendimento de alguns animais.

No campo, destaque absoluto para Fogo Supremo (Shangai Bobby). O animal, sob treinamento de L.Esteves, volta a ser medicado com lasix, após obter excelente segundo lugar no GP Júlio Capua (G2), quando perdeu nos últimos metros. Deve largar e ir para a ponta, seguido de perto por outro ligeiro, o Flamengo Purse (Public Purse).

Quem torce por uma briga suicida é o Marlin Azul (Setembro Chove), aliviado na escala de peso. Sem correr deste setembro, o castanho do Figueira do Lago volta com bons trabalhos. Está bem movido. Vale destacar  boa fase da cocheira, que venceu duas provas na tarde de sábado.

Gone Hollywood (Put it Back) e Fanstama Bobby (Shangai Bobby) devem disputar a trifeta. No campo ainda, há um animal vencedor de duas provas de G1: Frisson. O filho de Refuse to Bend levantou o GP Presidente da República de 2015 e a Copa ABCPCC Clássica — Mathias Machline de 2016, ambos disputados em Cidade Jardim. Agora, corre claimings na Gávea. Como os haras brasileiros não costumam privilegiar os excelentes corredores clássicos nacionais, dificilmente terá chance na reprodução. Uma pena, não?

Outro destaque do dia no turfe brasileiro é a disputa da finalíssima do GP Turfe Gaúcho no Hipódromo do Cristal. Nas eliminatórias, gostei muito da vitória de Dashing Court (Courtier), de criação e propriedade do Haras Cima. Ganhou muito fácil, dando a impressão de que tem muito mais a mostrar. Outros quatro animais de 2 anos estarão na disputa: Bianca Light (Billion Dollar); Colt Magno (Desejado Thunder), Heroina Lioi (Wired Bryan) e Nico do Iguassu (Courtier). Determined (Put it Back) também se classificou, mas é forfait veterinário por problemas físicos após a eliminatória. A finalíssima será transmitida pelo canal do JCRGS no YouTube. Vale a pena acompanhar, a partir das 17h.

Apostas nas corridas da Gávea são sete vezes maiores na França do que no Brasil. Entenda e veja os números...



O movimento geral de apostas deste sábado (18/1) no Hipódromo da Gávea decepcionou bastante. Foram apostados apenas R$ 512.698,10 nas nove carreiras disputadas. Mas, do outro lado do Atlântico, o MGA foi bem melhor. A pedra francesa da PMU arrecadou € 817.880,52, o que, pelo câmbio oficial de sexta-feira (R$ 4,62), dá um movimento de R$ 3.775.237,92, sete vezes mais em números absolutos — claro que a moeda europeia é muito mais forte, o que provoca essa distorção.

Os franceses têm duas pedras. Uma é a point de vente (os pontos de venda). São milhares espalhados por todo o país, em cafés, bancas, pequenos comércios, bares, etc. Nessa pedra, foram transmitidos apenas três páreos, o 2º, o 3º e o 4º da jornada deste sábado. As três carreiras arrecadaram € 669.443,42.

Movimento (Point de vente)

2º PÁREO € 249.496,96
3º PÁREO € 247.254,54
4º PÁREO € 172.691,82

A outra pedra é a en ligne (on-line). Os rateios são totalmente diferentes. A Cerejeira, por exemplo, vencedora da segunda prova, pagou 30,2 por um na Point de vente; e 39 por um na En ligne. Nessa pedra, oito páreos (do 2º ao 9º) entraram no simulcasting. O movimento ficou em € 148.437,10.

Movimento (En ligne)

2º PÁREO € 21.488,25
3º PÁREO € 22.875,70
4º PÁREO € 18.388,85
5º PÁREO € 24.456
6º PÁREO € 15.018,24
7º PÁREO € 13.090,26
8º PÁREO € 12.945,64
9º PÁREO € 20.174,16

Os últimos quatro páreos correram intercalados com as carreiras de San Isidro (Argentina) na pedra en ligne, entre as 21h e as 23h da França. E o total apostado apostado na Gávea foi bem maior. As quatro últimas provas tiveram um movimento médio de € 15.307,07. Já os quatro páreos de San Isidro venderam, em média, € 9.955,20. Ou seja, as provas da Gávea tiveram um movimento 53,7% maior do que as disputadas na Argentina. Nada mau!

P.S: Não sei oficialmente quanto é o percentual que o JCB recebe de comissão pelo envio das imagens à França. Uns falam em 1,5%; outros em 2%. Quando o JCB divulgar o balanço financeiro de 2019, saberemos.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

As idas e vindas de um campeão: a história de Quarteto de Cordas com o Haras do Morro



A história de Quarteto de Cordas, o ganhador do GP Brasil (G1) de 2018, com o Haras do Morro começa em 12 de março de 2015. Aos sete meses, o filho de Rock of Gilbratar na New Hampshire (Punk) era o número 47 do catálogo do leilão de oferta total do plantel do Beverly Hills Stud. Adquirido, seguiu para as instalações do Haras do Morro, onde foi recriado.
Em 2016, foi um dos potros selecionados para a primeira noite da etapa paulista do Leilão da Criação Nacional, da ABCPCC. Chamava-se então Austin Healey, mas acabou não atingindo o valor de reserva. Pouco mais de 40 dias depois, voltou ao tattersall. Só que no Hipódromo da Gávea, no Leilão Fronteira, Anderson e convidados. E acabou adquirido pelo Stud Sol Marte.

Estreou em 2017 já com o novo nome: Quarteto de Cordas. Logo, mostrou-se um dos bons valores da geração 2014. Venceu a Copa Leilões, a Prova Especial Roi Normand e conquistou colocações clássicas. Em dezembro de 2017, apareceu a possibilidade de recompra do filho de Rock of Gibraltar. Em uma negociação que durou 10 minutos, em meio ao festival do GP Carlos Pellegrinni, o Haras do Morro adquiriu de volta o potro. Na primeira corrida na nova farda, bingo: vitória no GP José Buarque Macedo (G3). Em seguida, fez segundo para o invicto Flight Time, a meio corpo, na primeira prova da tríplice coroa carioca: o GP Estado do Rio de Janeiro (G1).

Então, eis que aparece mais uma possibilidade de negociação do Quarteto de Cordas. Às vésperas da segunda etapa da tríplice coroa no Rio, surge o interesse de proprietários russos. Negócio ficou praticamente fechado, mas como os valores não chegaram a tempo no Brasil — os então compradores não conseguiram fazer a transferência definitiva por problemas de comunicação bancária na Irlanda —, o animal teve a inscrição mantida no GP Francisco Eduardo de Paula Machado (G1). Nas pistas, não confirmou os excelentes trabalhos. Teve um percurso ruim e chegou apenas na sétima colocação. A negociação, então, acabou cancelada pelos russos.



Melhor para o Haras do Morro, que viu a insistência ser premiada. Como o treinador L.Esteves sempre acreditou no animal, apesar de muitos falarem que não tinha pedigree para a distância clássica dos 2.400m, os proprietários bancaram a inscrição no GP Brasil. O resultado todos já sabem: sabe aquele número 47 do leilão do Beverly Hills? Levou a principal prova do turfe brasileiro. Sabe qual a exata do páreo? 4-7...Será mera coincidência?


* Artigo de autoria do proprietário deste blog, originalmente publicado no site Raia Leve, em 12/6/2018


** Foto extraída do site do Jockey Club Brasileiro, de autoria de Sylvio Rondinelli.

***
Após a Copa ABCPCC Clássica, em que Quarteto de Cordas tirou segundo para o Arrocha, o animal acabou vendido pelo Haras do Morro para o exterior.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Filho de Tapiture dá show em Gulfstream; treinador mira o Florida Derby



Um animal agradou em cheio na programação de Gulfstream Park desta quarta-feira (15/1). Adquirido por US$ 100 mil em junho do ano passado, Premier Star venceu com muita firmeza um allowance de US$ 51 mil para potros de 3 anos ganhadores de até uma vitória. Favorito destacado de 1,20, o filho de Tapiture largou ligeiro com Irad Ortiz Jr, com parciais de 22''49 para os 400m; 45'' para os 800m; 69''44 para os 1.200m. fechando os 1.400m em 1'23''15. Deixou o segundo colocado (Americanus) a pouco mais de cinco corpos.


Invicto em duas atuações em Gulfstream, Premier Star deixou animado o treinador Jorge Navarro e a crônica especializada norte-americana. A ideia é estender o potro, de olho no Florida Derby (G1), marcado para 28 de março. A prova é uma das principais preparatórias do Kentucky Derby (G1), que será disputado em 2 de maio. Vejamos as próximas atuações do animal.

Quatro brasileiros estão pré-inscritos no festival inaugural da Saudi Cup. Saiba quem são



Uma das grandes provas do turfe mundial em 2020 promete ser a Saudi Cup. Marcada para 29 de fevereiro, será em 1.800m, no dirt, com bolsa de US$ 20 milhões, no Hipódromo King Abdulaziz, em Riad, na Arábia Saudita. Disputada quatro semanas antes da famosa Dubai World Cup, a Saudi Cup deve atrair os principais corredores dos Estados Unidos. Entre 140 pré-inscritos, aparecem feras como Maximum Security, Midnight Bisou, McKinzie, Higher Power, Tax e Tacitus.

Outras 824 pré-inscrições foram feitas para as sete provas restantes do programa inaugural da Saudi Cup. E quatro brasileiros estão entre eles. Veja quem são:

Dá-lhe Ghadeer

É do Sul x Spade (Wild Event)
Treinado por Aditiyan Selaratnam, cumpre campanha em Omã, onde conta com vitórias. No Brasil, venceu duas provas (uma em CJ e outra no Cristal) em três atuações. Todas em 1.200m, na areia. O castanho de 8 anos, de criação do Haras Clemente Moletta, está pré-inscrito em duas provas: THE 1351 TURF SPRINT, em 1.351m, na grama, com US$ 1 milhão de bolsa; e THE RIYADH DIRT SPRINT, em 1.200m, no dirt, com US$ 1,5 milhão de bolsa.

Dá-lhe Salvador

É do Sul x Ring a Ding (Put it Back)
O castanho de 8 anos também cumpre campanha em Omã sob treinamento de Aditiyan Selaratnam. No Brasil, o animal de criação do Haras Clemente Moletta foi o líder da sua geração em Cidade Jardim. Em seis atuações no Hipódromo Paulistano em 2015, venceu quatro provas, entre elas o GP Presidente Vicente Renato Paolillo (G2), em 1.500m, na areia; o GP Quari Bravo (G3), em 1.400m; e o Clássico Presidente Augusto de Souza Queiroz, em 1.200m. Faturou ainda o GP Presidente da República (L), a milha do Bento Gonçalves. Está pré-inscrito em duas provas: THE 1351 TURF SPRINT, em 1.351m, na grama, com US$ 1 milhão de bolsa; e THE RIYADH DIRT SPRINT, em 1.200m, no dirt, com US$ 1,5 milhão de bolsa.

Ghoul

Put it Back x Perfect Friday (Pure Prize)
Criado pelo Haras Santa Maria de Araras, o alazão de 5 anos cumpre campanha atualmente na Califórnia, nas cocheiras de Peter Miller. Vem de firme vitória em um allowance (foto principal), em Santa Anita, em 29 de dezembro, em 1.100m, na grama. No Brasil, foi um velocista de exceção. Em oito atuações, venceu cinco provas no Hipódromo da Gávea, com destaque para o GP Cordeiro da Graça (G2) de 2018, em 1.000m, na grama. Está pré-inscrito no THE 1351 TURF SPRINT, em 1.351m, na grama, com US$ 1 milhão de bolsa

Itaperuna 

Forestry x Grand Entrance (Choctaw Ridge)
Exportada para o Uruguai, a crioula do Haras Cifra vem de vitória na prova de velocidade do festival do Ramirez 2020: Gran Premio Maroñas (URU-gr.II). Treinada por Ricardo Bueno Colombo, a castanha de 3 anos (4 no hemisfério norte) correu sete vezes no Brasil no eixo Gávea-Tarumã. Conquistou três vitórias em terras brasileiras, todas no Rio, com destaque para o GP Adhemar e Roberto Gabizo de Faria (G3), na grama. Está pré-inscrita em duas provas: THE 1351 TURF SPRINT, em 1.351m, na grama, com US$ 1 milhão de bolsa; e THE RIYADH DIRT SPRINT, em 1.200m, no dirt, com US$ 1,5 milhão de bolsa.


As pré-inscrições agora serão analisadas para a formação dos campos definitivos das provas, com base nos ratings atribuídos pelo handicapper Phil Smith.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Corridas da Gávea na França em 2020: a primeira transmissão será sábado; e tem uma prevista para o dia do GP São Paulo


O Jockey Club Brasileiro ainda não fez nenhum comunicado oficial, mas o calendário de corridas divulgado pela PMU francesa guarda 11 datas para transmissão das provas do Hipódromo da Gávea em 2020. Além dos sábados, há reuniões de domingo previstas para entrar no simulcasting com a França. Com um detalhe: um dos dias reservados é o do GP São Paulo (G1), em 3 de maio.



A primeira transmissão está prevista para ser realizada no próximo sábado: 18 de janeiro. As corridas estão previstas para começar às 14h45, meia-hora depois do horário normal. O programa com montarias divulgado nesta terça-feira (14/1) traz as parelhas separadas (P1, P2, P3, etc), exatamente para atender a demanda da pedra francesa. Com isso, apesar de não ter nenhum comunicado oficial, a tendência é que a corrida de sábado seja solteira na TV Turfe, com o simulcasting com Cidade Jardim restrito à internet, como ocorreu em 2019 quando havia transmissão para a França.

Confira o calendário previsto pela PMU na França para transmissão das provas da Gávea em 2020


  • 18 de janeiro (sábado)
  • 9 de fevereiro (domingo)
  • 29 de fevereiro (sábado)
  • 7 de março (sábado)
  • 28 de março (sábado)
  • 18 de abril (sábado)
  • 3 de maio (domingo)
  • 9 de maio (sábado)
  • 15 de novembro (domingo)
  • 22 de novembro (domingo)
  • 26 de dezembro (sábado)



Um data chama a atenção: 3 de maio, dia em que será realizado o GP São Paulo, em Cidade Jardim. Como a Gávea não costuma transmitir as provas do simulcasting com SP na TV Turfe quando tem o envio de imagens para a França, o festival paulista para os turfistas cariocas ficará restrito à internet?

Ano passado, por exemplo, estava prevista a transmissão para os franceses em 22 de dezembro, dia da final do Mundial de Clubes, disputada entre Flamengo e Liverpool. Mas como a Gávea não deu corridas no dia, os franceses ficaram sem a transmissão, apesar de constar no calendário da PMU. Será essa a saída para o dia do GP São Paulo?

Atualização: depois da publicação da nossa matéria, o site oficial do JCB publicou uma matéria com o calendário antecipado pelo blog, mas não citou como ficará o dia do GP São Paulo. Vamos aguardar para saber se os turfistas cariocas ficarão sem a prova magna do turfe paulista na transmissão pela televisão.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Drive clássico - as provas especiais deste sábado (11/1) em Cidade Jardim


A segunda reunião do ano em Cidade Jardim tem duas provas da programação clássica: a PE Verão, em 800m; e a PE Romarin, em 1.800m. As duas apresentam bons campos com duelo interessante de gerações. Vamos a uma breve análise.

Com o penetrômetro marcando 7,4 nesta sexta-feira (10/1), a tendência é que a pista de grama esteja pesada neste sábado. A previsão do tempo, inclusive, indica que o dia será quente e com várias horas de sol forte, o que aumenta as condições para pancadas de chuva no meio da tarde.


Na Prova Especial Verão, Consul American tentará o bicampeonato. Terá em Tácio um forte rival. O potro volta de suspensão após desclassificação por medicação proibida no GP Adhemar e Roberto Gabizo de Faria, em setembro, na Gávea. O animal havia tirado segundo para a Itaperuna, que venceu na última segunda-feira a prova de velocidade do festival do Ramirez, em Maroñas. Jack Up, que só faz vencer, é também outro concorrente de vulto. Será bonito entre os três.



Já na Prova Especial Romarin, dois nomes se destacam: Avião Sureño e Eron do Jaguaretê. My Toya Sunshine terá a sua prova de fogo. Depois de vencer com facilidade na Gávea, o animal do Stud Galope repetiu no Tarumã e sobe de enturmação agora. Onde vai chegar o filho de T.H.Approval? Quem leva a melhor nas duas provas?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

JCSP ficará sem dar corridas em dois fins de semana de fevereiro. Entenda



O Jockey Club de São Paulo divulgou o seu projeto de inscrições para o mês de fevereiro de 2019. E, pela tabela, não haverá corridas em dois fins de semana por conta de eventos culturais: 8 e 9 de fevereiro nem na semana do carnaval  (22 a 25). Pelo projeto de inscrições, os páreos serão realizados em 1º, 2, 15, 16 e 29 do mês que vem.

Em 8 de fevereiro, um sábado, está previsto um festival com vários shows. Entre os artistas estão Iza; Claudia Leitte; Simone e Simaria; Vintage Culture; Banda Eva. O acesso do público será permitido a partir das 11h, pelo portão 1. Os ingressos custam a partir de R$ 35.

No período da folia de momo, outro grande evento será realizado no Jockey Club de São Paulo: Carnaval da Cidade. Serão quatro dias de shows, com atrações como Alok, Anitta, É o Tchan, entre outros. Ano passado, o JCSP também não realizou corridas no carnaval. À época, tinha sido programada uma reunião para a terça de carnaval, mas acabou reagendada para o sábado seguinte.

Como o Hipódromo da Gávea não prevê nenhuma reunião no período de carnaval, o turfista ficará sem nenhum páreo nacional na tradicional folia de momo. Será que o Cristal ou o Tarumã vão aproveitar e dar corridas no sábado ou no domingo de carnaval? O que acham?

Um craque das provas de velocidade morre nos EUA de ataque cardíaco. Saiba mais


Um dos principais cavalos das provas de velocidade do turfe norte-americano morreu na manhã desta quarta-feira (8/1). X Y Jet, um tordilho castrado de 8 anos, sofreu um ataque cardíaco no centro de treinamento de Palm Meadows, na Flórida. O anúncio da morte foi divulgado pelo treinador Jorge Navarro em seu site oficial.

O filho de Kantharos venceu 12 provas em 26 atuações. Faturou US$ 3.096.513 em prêmios. Era um foguete. Se escapasse na frente, era duro passar. Quem corria atrás, geralmente, perdia as pernas atrás dele. "Não há palavras para expressar o meu agradecimento a sua nobreza e classicismo. Não me despeço de um cavalo, me despeço de um amigo que levarei para sempre em meu coração", disse Jorge Navarro.

Entre as conquistas de X Y Jet nas pistas está a Dubai Golden Shaheen de 2019, prova de Grupo 1, disputada na tarde do festival da Dubai World Cup em 1.200m, no dirt, e outra quatro provas de Grupo 3. Na carreira disputada em Meydan, em 30 de março do ano passado, bateu oito animais, entre os quais Promisses Fullfiled (Shackleford) e Imperial Hint (Imperialism). Veja como foi:





Sobre o X Y Jet, lembro de uma prova disputada em 19 de janeiro do ano passado. Como era favorito destacado da Sunshine Millions Sprint Stakes, a prova de velocidade para animais nascidos na Flórida do tradicional festival, tiveram que fazer uma tática suicida para tentar derrotá-lo. Rayswarrior's saiu com tudo para cima dele. Fizeram parciais impressionantes como 21''09 para os primeiros 400m e 43''59 para os 800m iniciais. Resultado: os dois caíram duro de cansados na reta e não foram páreo para a atropelada de Quijote (Pomeroy). Relembre abaixo:


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Estatística: os 11 treinadores mais vitoriosos nos EUA na última década. E no Brasil, quem sabe?


Gosto muito do turfe norte-americano. Profissionalismo é a palavra de ordem na maioria dos hipódromos. Claro que existem críticas, principalmente sobre julgamentos dos comissários de turfe. Um caso que deixou todo mundo de cabelo em pé foi a desclassificação no sexto páreo em Santa Anita, no último domingo (5/1). Dois animais chocaram-se ao tentar ocupar o mesmo espaço. Houve sindicância e a ganhadora passou para o terceiro lugar. Quem quiser ver o páreo, basta clicar aqui.

Mas o objetivo do post é outro: as estatísticas. Os norte-americanos são loucos por números. E um dos perfis que gosto de acompanhar no Twitter é o do Gary Dougherty, com dados sobre jóqueis, treinadores e cavalos. Nesta segunda-feira (7/1), ele publicou um levantamento sobre os treinadores mais vitoriosos nos EUA nos últimos 10 anos.


Treinadores mais vitoriosos nos EUA nos últimos 10 anos

Steven Asmussen - 3.521
Karl Broberg - 3.485
Todd Pletcher - 2.413
Jamie Ness - 2.197
Jerry Hollendorfer - 2.080
Robertino Diodoro - 1.908
Michael Maker - 1.877
Chris Englehart  - 1.750
Mark Casse - 1.692
Chad Brown - 1.639
W. Bret Calhoun - 1.581

E aqui no Brasil? Quem seria o treinador mais vitorioso da última década? Algum palpite? Se as entidades promotoras de corrida disponibilizassem as estatísticas passadas, seria fácil de saber...

p.s: se tiver os resultados das estatísticas dos anos anteriores, pode me enviar? O e-mail é robertovfonseca@gmail.com

foto: Steven Asmussen/reprodução/YouTube

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Baffert dá as cartas e leva as provas clássicas para os 3 anos em Santa Anita. Saiba mais


Uma das estrelas do turfe norte-americano, o treinador Bob Baffert, 66 anos, deu as cartas neste fim de semana em Santa Anita. Levou as provas clássicas para os produtos de 3 anos, o que sinaliza que estará com nomes fortes para a temporada 2020. No Santa Inez Ynes (G2), em 1.400m, com bolsa de US$ 200 mil, disputado neste domingo (5/1), encilhou as três primeiras colocadas.

Quem levou a melhor foi a Bast. Vencedora de duas provas de G1 e terceira colocada na Breeder's Cup Juvenile Fillies, a filha de Uncle Mo largou na melhor baliza e correu contida na primeira parte do percurso. Acionada na entrada da reta, dominou nos 200m finais e não precisou ser mais exigida pelo Drayden Van Dyke. Deixou a Auberge (Palace) a praticamente dois corpos. Em terceiro, terminou Golden Principal (Constitution). Comprada em agosto de 2018 por US$ 500 mil pela Baoma Corporation, Bast superou os US$ 850 mil em prêmios até agora. Veja a vitória da potranca:





No Sham Stakes (G3), disputado no sábado (4/1), a dupla Drayden Van Dyke-Bob Baffert voltou a brilhar. O potro Authentic deu um vareio. Venceu por quase oito corpos a prova de US$ 100 mil de bolsa, disputada em 1.600m. Só que o potro deu trabalho na reta, jogando-se em direção à cerca. A prova valeu 10 pontos na corrida pelo Kentucky Derby. O filho de Into Mischief custou US$ 350 mil no leilão de Keeneland, em setembro de 2018. Com a vitória, chegou a US$ 91 mil em prêmios. Azul Coast (Super Saver), outro potro treinado por Baffert, chegou em segundo. Zimba Warrior (Khozan) formou a trifeta. Veja como foi:




Foto: Baffert com Justify (crédito: reprodução/www.bobbaffert.com/)


domingo, 5 de janeiro de 2020

Drive clássico - a prova especial deste domingo na Gávea


Depois de uma vergonhosa pausa de 13 dias, que voltará a se repetir na semana do carnaval segundo o projeto de inscrições divulgado pelo Jockey Club Brasileiro, o Hipódromo da Gávea dá a largada para a programação de 2020. São 10 provas com uma da programação clássica. É a Prova Especial Eulógio Morgado — Taça Profissionais do Turfe, em 1.300m, na pista de areia. Vamos ao campo:




Com o forfait de Vail Village, são cinco fêmeas contra quatro machos. Na pedra, o favoritismo deve ser da parelha do Haras do Morro: Madame Indy (Kodiak Kowboy) e Penelope Charming (Pioneering). Estão tinindo e vão em busca da vitória.

Três machos aparecem como fortes candidatos: American Bull, vencedor de cinco provas na pista de areia da Gávea e que vem de triunfar na prova de velocidade no festival do Bento Gonçalves, que agora vai aditivado de lasix; Super Bold, que já enfrentou a principal turma de areia da Gávea; e o potro tordilho I Have a Dream, que evoluiu bastante nos últimos dois meses e vem de duas vitórias facílimas. O ganhador deve estar entre eles. Estou curioso para saber como será o train da prova. Há vários animais ligeiros e, em caso de briga suicida, a sapiência do jóquei ditará o resultado final. A ver.

Estreia neste domingo a primeira e única filha de Mr.Sidney no Brasil. Saiba mais...



O terceiro páreo deste domingo (5/1) no Hipódromo da Gávea tem uma atração especial: a estreia do primeiro e único produto de Mr.Sidney (USA) no Brasil. De criação e propriedade de Alessandro Arcangeli, Qantas é uma 3 anos filha da In the Stars (Romarin). Com cerca de 475kg, a castanha tem uma filiação que deve adorar a pista de grama.

Mr.Sidney (na foto acima) era um milheiro gramático por excelência. Nascido em 2004, o filho de Storm Cat venceu cinco corridas (todas na grama) em 13 atuações. Faturou US$ 486 mil dólares em prêmios. Aos 4 anos, passou na frente em duas carreiras: um allowance em Belmont Park e um maiden em Saratoga. Aos 5, obteve os melhores resultados. Venceu o Maker's Mark Mile Stakes (G1), em Keeneland; o Firecracker Handicap (G2) em Churchill Downs; e um allowance em Gulfstream Park.

No Maker's Mark Mile, disputado em abril de 2009, derrotou o nacional Fluke, que morreu precocemente e deixou apenas uma geração, com destaque para a tríplice coroada No Regrets. Veja o páreo:




Na reprodução desde 2010, Mr.Sidney tem atualmente a cobertura cotada em US$ 6,5 mil. Seus melhores produtos cumpriram campanha na França, como Mr.Satchmo, vencedor do Grand Prix de Marseille de 2019; e Lady Sidney, terceira no Prix Zarkava em Longchamp. Nos EUA, destaque para o britânico Mr French, que obteve dois placês em stakes de US$ 75 mil em Gulfstream Park. A avó materna de Mr.Sidney é a Prospectors Delite, mãe do supercraque Mineshaft, cavalo do ano nos EUA em 2003, após vencer quatro provas de Grupo 1.

Já a mãe de Qantas é a excelente In the Stars. Apesar de ter vencido apenas uma prova aos 3 anos em Cidade Jardim, a filha de Romarin chegou em segundo no GP Barão de Piracicaba (G1), segundo no GP Henrique de Toledo Lara (G1) e terceiro no GP Diana (G1). Levada à Argentina, fez terceiro na Copa de Plata (G1). Em seguida, cumpriu campanha nos EUA. Venceu duas provas. Uma em Santa Anita e outra no extinto hipódromo de Hollywood Park. Tirou segundo na milha do Buena Vista Handicap de 2013, um Grupo 2 com US$ 150 mil dólares de bolsa, disputado na pista de grama de Santa Anita. A vencedora da prova foi a multiganhadora clássica Mizdirection, que levantou, por exemplo, a Breeder's Cup Turf Sprint de 2012 e de 2013.

Não sei nada sobre os trabalhos da Qantas. Filiação de primeira, ela tem. Vamos ver como ela vai se sair às 15h15 deste domingo.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Drive clássico - as provas especiais deste sábado em Cidade Jardim...


O sábado de turfe em Cidade Jardim reúne três provas especiais na abertura da programação clássica de 2020. Duas delas são destinadas aos produtos da nova geração. Lembro do charme que tinham a PE Raphael de Barros Filho (potros) e a PE Eleutério Prado (potrancas). Costumavam reunir campos cheios, que muitas vezes precisavam ser desdobrados. Era a estreia da nova geração, que dava um ar especial ao primeiro fim de semana de janeiro. O tempo passou. Não volta mais. E teremos duas PEs com apenas cinco animais. E também não é mais a estreia da geração. É saudosismo, sim. Era tão bom...




Na PE Eleutério Prado, em 1.000m, duas corridas enfrentam três inéditas. Por ter vencido a PE Estreia, Followed (Que Fenômeno) concede peso às adversárias. Quero muito bem ver a corrida de Fast Jet Court, uma Courtier. Explico: o Haras Cima já venceu um páreo de 2 anos em Cidade Jardim com a Got Court (Courtier). Na teoria, reservou a Fast Jet Court para a prova especial. O único detalhe é que a dotação do páreo comum e da PE Eleutério Prado é a mesma. Logo, teremos que aguardar para saber qual o real pontencial da Fast Jet Court. Olho vivo também na outra paranaense Cara Hermana (First American), uma filha da americana Vacaciones, vencedora de duas provas em Cidade Jardim, sendo uma delas no retão gramado. Conta com excelentes trabalhos.





No páreo seguinte, é a vez dos potros na PE Raphael de Barros Filho, também em 1.000m. Três corridos (nenhum ganhador) enfrentam dois inéditos. E justamente os dois que nunca correram dão peso aos já experimentados. Muito doido isso. Não me lembro de ter visto isso em nenhum outro lugar. Pela equipe, que não costuma ir até São Paulo a passeio, é bom ficar de olho em Najar do Iguassu (Kodiak Kowboy). Deve ter lenha. Full do Jaguaretê (Alcorano) sofreu sérios prejuízos na estreia. Estará de novo entre os primeiros. Le Courtier, mais um Courtier a estrear, aparentemente é o tertius. Bright Sam era levado como barbada e não correu nada. Largou em último e por lá ficou. Numa dessas...



Já o oitavo páreo reúne éguas de 3 e mais anos na Prova Especial Baronesa Marie Blanche Von Leithner. Surprising tem encarado a primeira turma paulista das fêmeas. Mas tem um detalhe: é a primeira atuação dela sob responsabilidade do Emerson Garcia. Antes, era treinada pelo Thiago Haidar. Vamos ver se terá algum rebate. A parelha do Jaguaretê é carta brava. A Eliz tem demonstrado enorme potencial. E a Duty é ganhadora de G1 e aguerriu-se na última atuação. Allez-Piaf, que volta de pouco mais de quatro meses parada após excelente atuação no Rio; História da Arte, outra ganhadora de G1; e Hevea, que enfrentou bons animais ao redor da milha na Gávea, apresentam boas chances. Carreira bonita.