sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Mais uma vitória brasileira na França: animal do Phillipson vence a segunda no ano!


O castanho Jeitoso Bayer, 8 anos, venceu mais uma prova na França. Em prova disputada às 15h52 (11h52 no horário de Brasília) desta sexta-feira (21/2), no Hipódromo de Chantilly, o filho de Peintre Celebre e Kyanite (Punk) derrotou outros 14 animais em um handicap em 2.100m, na pista sintética, com bolsa de 20 mil euros — a prova tem o nome de Route Neuve des Sablons Handicap. Pilotado por Hugo Jorniac, que deslocou 53,5kg, o animal de criação do Haras Phillipson venceu na marca de 2'10''56. Era o oitavo e último páreo do programa.

Foi a terceira atuação de Jeitoso Bayer em 2020 na França. Anteriormente, havia vencido um handicap, em 4 de janeiro, em Deauville, e vinha de um sétimo lugar em outro handicap, em 2.100m, disputado em 30 de janeiro em Chantilly. Jeitoso Bayer corre na França no nome de Benjamin Steinbruch, o dono do Haras Phillipson no Brasil. Conquistou a quarta vitória em 20 atuações em hipódromos franceses. Era um azarão. Rateou 17,8 por um na pedra francesa. O placê (como é chamado lá, mas é um show, que premia os três primeiros colocados) pagou 4,6. Quem apostou nele no sistema de apostas do JCB recebeu 14,7 e 4,3 por um, respectivamente, tendo em vista o abate que é feito em cima dos rateios originais para cobrir taxas e impostos aqui no Brasil.

Jeitoso Bayer correu 12 vezes no Brasil entre 2015 e 2016, nos hipódromos da Gávea e Cidade Jardim. Venceu dois páreos comuns em São Paulo, em 1.500m e 1.600m, na pista de grama. Na esfera clássica, obteve um segundo no Clássico Siphon (L) de 2015 (1.600m na grama) e quarto em duas provas da tríplice coroa carioca de 2016 (GP Francisco Eduardo de Paula Machado, G1, em 2.000m; e GP Cruzeiro do Sul, G1, em 2.400m).

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

OPINIÃO: Um turfe que não oferece carreiras não se desenvolve


O Cristal abre e fecha nesta quinta-feira (20/2) a semana turfística em hipódromos nacionais — pelo menos entre os clubes que realizam corridas em um sistema interligado de apostas em todo o país. Serão oito páreos, com início às 14h45, com destaque para duas provas clássicas regionais destinadas a potros e potrancas de 2 anos. Parece inacreditável, mas a diretoria do Jockey Club do Rio Grande do Sul merece os parabéns por promover carreiras, o que nada mais é do que a obrigação.  Afinal, vem aí uma pausa forçada nas carreiras nos principais clubes de corridas do país. Durante o carnaval, nenhum páreo será realizado nos principais hipódromos do país.

Os clubes hípicos de São Paulo e do Paraná têm boas desculpas. Na capital paulista, um grande evento será realizado nas dependências de Cidade Jardim. E a gestão tem se esforçado em oferecer duas programações quando precisa ficar uma semana sem dar corridas. Foi o caso dos fins de semana de 1º/2 e 15/16 de fevereiro. Em Curitiba, o Tarumã não tem realizado corridas aos sábados e domingos. E marcou para a quinta-feira da semana que vem (27/2), a sua reunião quinzenal.

E na Gávea? Qual a explicação para não ter carreiras? Em um intervalo de dois meses, é a segunda vez que o hipódromo mais forte do Brasil fica sem promover corridas por mais de 10 dias (o JCB não realizou programação na semana anterior ao réveillon). Não é preciso pensar muito para perceber que alguma coisa está errada. Afinal, como um turfe que não realiza carreiras consegue se desenvolver? Qual o estímulo existe para a criação, para proprietários e para os profissionais?

Desculpas, existem mil. Em grupos de WhatsApp, há gente que diz que o trânsito fica infernal no Rio de Janeiro no período de folia. Mas não foi sempre assim? Como as corridas foram realizadas nos anos anteriores? Um bom administrador é aquele que consegue se antecipar aos problemas e resolvê-los. Deixar de dar corridas é a decisão mais cômoda, a mais simples possível.

O turfe no Brasil vive um momento crucial. Cada vez menos animais, cada vez menos turfistas, cada vez menos páreos. O Movimento Geral de Apostas na Gávea despencou. E deixar de dar corridas só faz piorar o cenário. Profissionais de turfe e proprietários reclamam das baixas premiações. Se o valor é pouco, imagina não receber nenhum. A mola deixa de girar e mais gente se afasta da atividade e vai tentar a vida em outro lugar.  A verdade é que não oferecer corridas é a forma mais fácil de se manter o caixa do clube em dia. Com apostas em baixa, as reuniões são deficitárias. Mas, e como fica a atividade?

Como estão os planos para a melhoria da atividade? Vai ficar nesta pasmaceira? Em 23 de outubro, o JCB anunciou mudanças nas apostas e medidas que gerariam mais comodidade ao apostador. Um deles foi a extinta seguidinha — sem esquecer que a bonificação da Supertri baixou para 80% e nunca mais se falou nisto.

Para março de 2020, existiam duas promessas. Uma era a Pedra Única Nacional. Em que pé está? Vai sair ou não? A outra era a utilização do ITSP HOST, protocolo internacional que permite às corridas do hipódromo da Gávea receber em em sua pedra local as apostas geradas nos EUA. Ou seja, o dinheiro jogado no exterior em vencedor, placê, exata, trifeta e quadrifeta entraria na totalização nacional. A pergunta é a mesma: em que pé está? Vai sair ou não? O silêncio não é um bom sinal.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Jóquei sediado na Califórnia terá que pagar US$ 100 mil de fiança. Saiba mais sobre as acusações


Quem acompanha e joga nas corridas americanas já ouviu falar nele. Sediado atualmente na California, o jóquei Norberto Arroyo Jr., de 44 anos, enfrenta graves problemas com a Justiça dos Estados Unidos. Conforme reportagem do Daily Racing Form, assinada por Jay Privman, o piloto teve um mandado contra ele decretado pelo Tribunal Superior do Condado de San Diego, depois de não comparecer, em janeiro, para responder por uma acusação referente a três acusações criminais e um delito relacionado a prisões por violência doméstica no fim do ano passado.

Arroyo teve a fiança inicialmente fixada em US$ 50 mil, mas acabou aumentada para US$ 100 mil, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo DRF. As acusações contra o jóquei foram apresentadas por uma mulher e uma criança, que não tiveram a identidade revelada. Por decisão judicial, o Arroyo tem que manter uma distância mínima de 100m dos denunciantes.

Segundo a reportagem do DRF, as acusações criminais envolvem os seguintes fatos ocorridos entre 1º de setembro e 14 de dezembro do ano passado: "lesão corporal ao cônjuge e / ou companheiro de quarto"; "aprisionamento falso por violência, ameaça, fraude, engano "; " tentativa de dissuadir uma testemunha de denunciar um crime "; e " crueldade com uma criança por infligir ferimentos ", que é listado como uma contravenção porque era "diferente daqueles que provavelmente produzem dano corporal e morte". Se for condenado, pode pegar de 2 a 16 anos de prisão.

Sem montar desde 24 de outubro, quando terminou no quarto lugar de um páreo de claiming de US$ 40 mil, em Santa Anita Park, Arroyo é porto-riquenho, com 1.354 vitórias na carreira. Era figurinha constante nos programas de Golden Gate, Del Mar, Los Alamitos e Santa Anita. Em 2000, terminou em segundo lugar no Eclipse Award de melhor aprendiz. Ficou atrás apenas de Tyler Baze.

Anteriormente, segundo o DRF, Arroyo chegou a ficar 14 meses na prisão por porte de cocaína durante a temporada de Saratoga de 2009. Respondeu também por outros casos de briga e lesões corporais. Atualmente, o jóquei está com a licença de montar na Califórnia cassada.

Foto: Reprodução/Twitter/Santa Anita Park